1 em cada 3 brasileiros vive com obesidade, revela Atlas Mundial

Segundo o Atlas Mundial de 2025, da Federação da Obesidade, um em cada três brasileiros vive com a condição. O cenário coloca a doença como um dos maiores desafios de saúde pública do país: 68% da população tem excesso de peso e, destas, 31% têm obesidade e 37% têm sobrepeso.  

Para especialistas, não existe fórmula mágica. O sucesso no emagrecimento está na compreensão de que cada pessoa possui um metabolismo único, com necessidades e limitações específicas. 

 

Renata Cerqueira, endocrinologista da Hapvida, aponta que o primeiro passo para quem deseja emagrecer com saúde é entender que a perda de peso precisa estar alinhada à saúde global do paciente.  

“A obesidade é uma doença crônica, multifatorial e com causas que variam entre comportamentais, genéticas, hormonais, ambientais e sociais. Por isso, qualquer estratégia de emagrecimento deve ser acompanhada por profissionais que avaliem a fundo esse contexto”, destaca. 

Pessoas que vivem com essa condição carecem de apoio e enfrentam dificuldades físicas, sociais e psicológicas, pois parte da sociedade ainda não a encara pelo que de fato é: uma doença. Entretanto, há tratamento. A perda de peso de forma saudável exige uma mudança de comportamento, com dieta equilibrada, atividade física regular e acompanhamento médico. 

Atalhos, como dietas da moda e automedicação, podem colocar o organismo em risco. “Além de causarem desequilíbrios nutricionais e hormonais, essas práticas podem agravar problemas metabólicos e levar ao chamado efeito sanfona, com ciclos de perda e ganho de peso que prejudicam ainda mais a saúde”, ressalta a endocrinologista. 

 

O que funciona para um pode não funcionar para outro 

Os avanços da medicina têm permitido uma compreensão mais aprofundada do metabolismo de cada indivíduo, o que possibilita a elaboração de protocolos de emagrecimento personalizados. Renata explica que esses planos são construídos com base em exames, avaliações clínicas, análise da composição corporal, rotina, histórico de saúde e até fatores emocionais. 

 

Enquanto algumas pessoas conseguem emagrecer apenas com mudanças de hábitos, outras precisam de medicamentos e, em casos mais graves, a cirurgia bariátrica pode ser a alternativa indicada. 

Além da alimentação e da prática de exercícios físicos, aspectos como sono, estresse e suporte emocional impactam diretamente os resultados. “Precisamos olhar o paciente como um todo. Emagrecimento de verdade acontece com mudança de estilo de vida. E isso leva tempo, acompanhamento e orientação”, afirma a médica. 

 

Mudança de vida 

“Eu queria operar, porque achava que não havia outro jeito. Também não desejava emagrecer por meio de remédios, e sim com algo mais definitivo. Foi aí que descobri outro caminho”, lembra o corretor de imóveis Eduardo Cezar. 

A solução encontrada foi o Grupo de Apoio à Pessoa Obesa (Gapo), uma linha de cuidados da Hapvida voltada para pacientes com obesidade grave – também conhecida como mórbida ou grau 3 (IMC acima de 35). “O grupo busca a saúde do paciente de forma integral e mostra a ele um caminho de mudança de estilo de vida”, explica Ricardo Bezerra Walraven, diretor médico nacional do Qualivida da Hapvida. 

Hoje, o programa atende mais de 36 mil pacientes em Belo Horizonte, na Região Metropolitana de São Paulo, Mogi das Cruzes, São Bernardo do Campo, Sorocaba, Jundiaí, Americana, Campinas, Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR). O objetivo da linha de cuidados é, durante dois anos, proporcionar caminhos para o emagrecimento dos pacientes de forma saudável, evitando a necessidade de intervenção cirúrgica. 

Segundo uma pesquisa da Universidade King’s College London, do Reino Unido, a chance de uma pessoa voltar ao peso normal, dentro de um ano, depois de estar obesa, é menor que 1%. Participante do Gapo desde o final de 2023, Eduardo já conseguiu eliminar cerca de 22kg. 

Para esse resultado, os integrantes do Gapo têm acesso a terapia, palestras de acolhimento e atendimento multidisciplinar, com equipe composta por psicólogos, nutricionistas, endocrinologistas e clínico geral. “Além disso, os pacientes passam por um processo de navegação, que é o acompanhamento por um enfermeiro navegador, que vai auxiliá-lo na marcação de consultas e exames”, explica Walraven. 

Eduardo Cezar, que participou do projeto, enfatiza que “ter esse acompanhamento especial ajudou muito, pois a cada consulta com avaliação dos exames, os profissionais dão novas orientações e um norte do que precisa ser feito para continuar nesse caminho.” Além de ganhar mais saúde, ele realizou o sonho de poder voltar a jogar futebol com os amigos. 

 

Protocolos multidisciplinares ganham força

Na Clinescultural, clínica de saúde integrativa e bem-estar localizada em Belo Horizonte, o emagrecimento é conduzido por meio de um protocolo multidisciplinar que combina tecnologia, medicina personalizada, nutrição e suporte estético. A proposta é oferecer uma experiência de cuidado completa, que vá além da balança e promova transformações reais no estilo de vida dos pacientes.

O protocolo começa com uma avaliação de bioimpedância e definição de metas reais e alcançáveis. A partir desses dados, a equipe da clínica desenvolve um plano individualizado que inclui reeducação alimentar, suplementação específica, prática regular de exercícios físicos e orientação comportamental. 

“Muitas pessoas chegam até nós frustradas com dietas que não funcionaram. Nosso trabalho é mostrar que, com orientação adequada e acompanhamento contínuo, é possível transformar não só o corpo, mas a saúde e o bem-estar como um todo”, explica o médico e diretor da clínica, Alexandre Adolfo, com pós-graduação em endocrinologia.

Além disso, para otimizar os resultados e manter os pacientes motivados durante o processo, a Clinescultural aposta em procedimentos estéticos como drenagem linfática, criolipólise e radiofrequência. Alexandre explica que esses recursos não são apenas complementares. 

“Eles ajudam a reforçar a autoestima e a percepção de progresso, o que é essencial para a adesão ao tratamento. Também atuam em pontos específicos como retenção de líquido, gordura localizada e flacidez, potencializando o resultado final”, pontua.

E as famosas “canetas do emagrecimento”?

Embora sejam ferramentas importantes em muitos casos, o uso de medicamentos como a semaglutida e a tirzepatida, muito conhecidas atualmente como “canetas emagrecedoras”, deve sempre ser feito com orientação médica. Os dois especialistas reforçam que automedicação pode trazer riscos à saúde e comprometer o tratamento.

“Essas substâncias interferem diretamente no apetite e no metabolismo. Por isso, precisam ser prescritas com base em exames e acompanhadas de perto, inclusive para o controle de possíveis efeitos colaterais”, destaca Renata.

Para Alexandre, os novos medicamentos representam um avanço importante e, em muitos casos, têm substituído procedimentos mais invasivos, como a cirurgia bariátrica. “Hoje conseguimos resultados muito positivos com segurança. Mas é preciso lembrar que o foco não deve estar só no emagrecimento rápido, e sim na manutenção do peso a longo prazo”, conclui.

Eber Diamantino é advogado e foi um dos pacientes que vivenciou essa transformação, por meio do protocolo da Clinescultural. Após anos lutando contra a balança e lidando com problemas como hipertensão, pré-diabetes, inflamação no fígado e distúrbios do sono, ele decidiu buscar ajuda profissional.

“Eu já não conseguia reagir sozinho. Quando vi os resultados de uma prima que passou pelo protocolo da clínica, resolvi tentar também. Desde o início me senti seguro, porque passei por uma bateria de exames e recebi orientações detalhadas do Dr. Alexandre e da nutricionista Beatriz. Comecei a usar a tirzepatida com acompanhamento e, em pouco tempo, os resultados foram surpreendentes”, relata.

Em menos de três meses, Eber eliminou 32 quilos, deixou de usar medicamentos para pressão arterial e diabetes e viu seus exames hepáticos voltarem ao normal. “Parece que meu corpo foi reiniciado. Melhorei meu sono, disposição e incorporei hábitos saudáveis. É desafiador, mas vale cada esforço. O tratamento me devolveu qualidade de vida e autoestima”, completa.

Lorraine Souza
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